Setenta e um por cento das aplicações móveis de código aberto não cumprem com os requisitos das licenças que utilizam, conclui um estudo realizado pela OpenLogic.
O fornecedor de serviços e soluções open source analisou 635 aplicações móveis de topo na loja de aplicações da Apple para iPhone e iPad e no Android Market, a loja de aplicações para dispositivos com sistema operativo Android.
Neste leque, a empresa terá identificado 52 aplicações com licença Apache e outras 16 que recorrem aos modelos GPL/LGPL. Destas, apenas 29 por cento cumprem com os requisitos dos respectivos sistemas de licenciamento.
As falhas têm a ver com as obrigações de publicação de informação relativa aos desenvolvimentos realizados ou ao código que serviu de base a esse desenvolvimento.
Ambos os modelos têm regras bem definidas que visam balizar o desenvolvimento e a modificação de aplicações de código aberto, salvaguardando direitos para quem desenvolve e para quem quer continuar a criar a partir dessa base. Nenhuma das aplicações analisadas no estudo cumpre com a totalidade dos requisitos de um ou outro sistema.
A taxa de cumprimentos dos requisitos das licenças é no caso das aplicações para Android de 27 por cento e no caso da App Store da Apple de 32 por cento.
Os autores do estudo também descobriram um grande número de aplicações cujos autores reclamam a posse de todos os direitos de autor e código, mesmo quando estão em causa aplicações onde parte do código usado é open source.
A Open Logic sublinha que as aplicações analisadas são aplicações de referência, da responsabilidade de organizações conhecidas nas áreas da banca, desporto ou dos jogos.
A empresa apresenta os dados com um alerta aos autores de apps móveis para as possíveis consequências legais do não cumprimento dos critérios associados às licenças a que estão alinhados, admitindo que o desconhecimento pode ser uma das razões para os factos constatados pelo estudo.
Fonte: sapo.tek